13 de dezembro de 2008

O que é o amor?

A publicação do trabalho de Schachter e Singer provocou um interesse crescente dos psicólogos pela investigação sobre as emoções, incluindo o amor romântico. O estudo científico profundo da emoção está apenas começando, mas já se sugere que nossa experiência de amor (diferente de gostar) deva ser parecida a outras experiências de emoções fortes, como as descritas por Schachter e Singer.

EXPERIMENTOS SOBRE O AMOR

>Uma Medida do Amor
Um estudo realizado por Zick Rubin examinou os vários fatores psicológicos envolvidos no amor romântico. Utilizando um grande número de itens em questionários escritos, Rubin desenvolveu uma escala de amor e outra de amizade, as quais foram aplicadas a 182 casais de namorados de nível universitário. Cada um dos sujeitos preencheu as escalas, tendo em vista um amigo do mesmo sexo. Isto serviu como medida da estima e do amor que cada sujeito dedicava ao namorado e a um amigo do mesmo sexo.
Na escala do amor, Rubin incluiu processos tais como dependência, cuidado e exclusividade. Na escala de estima entraram fatores tais como maturidade e inteligência. Embora existia certa sobreposição entre julgamentos relativos ao amor e à estima, é certo que eles não podem ser identificados como mesmo sentimento.As mulheres que participaram do estudo mostraram-se muito muito mais capazes de fazer essa distinção do que os homens. Além disso, enquanto homens e mulheres se amavam reciprocamente com mesma intensidade, a estima que as mulheres sentiam por seus namorados era maior do que eles pareciam sentir por elas. Como se esperava, tanto homens como as mulheres amavam mais a seus namorados do que a seus amigos, mas as mulheres amavam mais seus amigos do que os homens.

Fonte: Zick Rubin, "Measurement of Romantic Love", Journal of Personality and Social Psychology, 1970, 16:256-273.

>O Efeito Romeu e Julieta
Uma grande quantidade de prosa e poesia tem celebrado as noções de que o verdadeiro amor não acaba, que o amor sempre encontra uma forma de se manifestar, ou ainda que os obstáculos intensificam a emoção. Pelo menos três psicólogos levaram essa noção a sério. Um estudo conduzido por Driscoll, Davis e Lipetz mostrou que existe alguma substância psicológica subjacente aos velhos clichês, mas que o assunto é muito mais complexo do que estes clichês sugerem.
Os investigadores procuraram verificar em que medida as interferências dos pais intensificam o amor recíproco de um casal. Vinte e nove casais de namorados foram solicitados a responder um questionário sobre seu relacionamento amoroso e as atitudes de seus pais em relação a ele.
Os resultados indicaram que a oposição dos pais pode intensificar o amor de um casal, o que foi denominado de efeito Romeu e Julieta. Houve porém uma interessante complicação. Embora o amor entre os casais aumentasse, eles se tornavam menos confiantes, e mais críticos. Talvez a influência dos pais tenha um efeito que ninguém possa prever.

Fonte: R. Driscoll; K. E. Davis and M. E. Lipetz, "Parentalm Influence and Romantic Love: The Romeo and Juliet Effect", 1972, 24:1-10.

(Introdução à Psicologia/David A. Statt,pág.114 à 116)

12 de dezembro de 2008

É possível reconhecer um louco?


Um professor de Psicologia e Direito, chamado D.L. Rosenhan, decidiu verificar esta questão. Em particular, Rosenhan estava preocupado com o que aconteceria a pessoas normais que se internassem numa instituição para doentes mentais. Será que poderiam convencer os psiquiatras de que estavam sãs e podiam sair?
Rosenhan conseguiu que oito pessoas normais, incluindo a ele próprio, se internassem em várias instituições das costas leste e oeste dos Estados Unidos. Nenhuma dessas instituições tinha qualquer noção sobre as pretensões desses pseudopacientes. Os sujeitos eram homens e mulheres de vários níveis ocupacionais. Todos eles foram admitidos nas instituições, encaminhando-se ao escritório de administração e relatando sofrer de alucinações em que ouviam vozes repetirem incessantemente as palavras "oco" e "vazio".
À parte essas supostas alucinações, tudo o mais que os pacientes relataram sobre si mesmos era inteiramente verdadeiro. Com base nessa informação, todos os oito intrépidos exploradores foram admitidos em instituições psiquiátricas, sendo sete deles classificados como esquizofrênicos.
Uma vez admitidos, na medida em que a situação permitia, os pseudopacientes comportavam-se de maneira inteiramente normal, e nunca mais relataram ouvir vozes ou sentirem qualquer outro sintoma de anormalidade. Os sujeitos sabiam de antemão que poderiam sair apenas se convencessem a equipe do hospital psiquiátrico de sua sanidade. Porém isso não foi tão fácil como imaginavam. O tempo médio de permanência foi de 19 dias, sendo que um deles ficou internado 52 dias.
A alta não foi concedida porque a sanidade deles parecesse óbvia aos psiquiatras, mas sim porque diagnosticou-se que suas esquizofrenia estava em remissão, ou seja, embora antes tivessem estado doentes, poderiam tentar viver novamente no mundo externo. Parece que nenhum dos componentes das equipes das instituições pensou em questionar os diagnósticos originais.
É interessante notar que os pacientes verdadeiros em geral tinham consciência do que estava ocorrendo. Cerca de um terço deles colocava os impostores em seus devidos lugares, fazendo comentários como "Você não é um louco". Você é um jornalista, ou um professor". Contudo, os pseudopacientes tiveram muito mais contato com os pacientes verdadeiros do que com os psiquiatras. Com efeito, passaram um média de 6,8 minutos por dia,sendo curados pela equipe profissional.
Enquanto há pessoas que poderiam ser descritas como doentes mentais de acordo com qualquer tipo de definição, aumenta o número de psicólogos que se perguntam se os indivíduos internados em hospitais psiquiátricos não sofreriam principalmente por serem rotulados como doentes mentais. O estudo realizado por Rosenhan é uma evidência constrangedora desse ponto de vista.

(D. A. STATT. Introdução à Psicologia - Harbra, Sao Paulo: pág.221 à 222)

10 de dezembro de 2008

Importante pra mim

Tenho deixado de escrever por aqui, achei conveniente deixar para um momento oportuno. Bom é que pelo tempo que se passou tenho muito a dizer. Falar de 2008, talvez, fazer uma retrospectiva. Colocando a vida em letras, diria que foi um ano memorável. Quantas mudanças no mundo, vivemos em plena uma crise econômica. Quantas mudanças pessoais, quase perdi meu avô.
Não quero lembrar que as pretensões de ingressar na poderosa, foram por água abaixo.Tudo bem eu supero isso. Que vestibular que nada,isso é relativo.
A sociedade teria evoluído?será que teremos menos problemas na saúde pública?na educação?ou nada disso se resolve em um ano?isso sim importa pra mim, mas que trinta vestibulares.
Quero é ter vida pra viver.Ganho sabedoria a cada noite e isso me faz mais seguro na vida. Vejo a vida e a sociedade , como algo simples e subjetivo, que o que importa e que possamos viver em harmonia. Que venham as plataformas de petróleo, que venham os trangênicos , que a cada dia do próximo ano a sociedade pense mais no futuro e desenvolva soluções para os problemas contemporâneos, isso é o que importa.

 
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