28 de junho de 2008

AI-5 (18 de dezembro de 1968)




Foi numa sexta-feira
, 13 de dezembro de 1968, que o governo do Marechal Arthur da Costa e Silva anunciou a vigência do Ato Institucional nº 5. Com ele, o governo pretendia ter instrumentos legais para assegurar a ordem, a tranqüilidade e levar a diante os propósitos da Revolução. O ato anunciado é o mais drástico de todos e, segundo informou uma fonte militar, nasceu para ser o último, o definitivo. O primeiro deles, o AI nº 1, de 9 de abril de 1964, modificava os poderes do Presidente da República que constavam na Constituição de 1946. O AI-2 foi editado em 27 de outubro de 1965 e tinha a intenção de continuidade da Revolução: "A Revolução está viva e não retrocede". Quando o AI-5 foi anunciado, por uma cadeia de rádio e televisão, o espírito do seu texto era diferente dos dois primeiros atos. Até então, o Congresso funcionava e, por meio dele, aprovou-se uma Constituição e elegeu-se o Presidente da República. Mas com a crise estudantil e a contestação da autoridade do governo, os militares começaram a perceber que a manipulação dos instrumentos de poder assegurados pela Constituição de 1967 não era tão eficaz quanto eles gostariam que fosse. Assim, líderes militares como o General Albuquerque Lima começaram a reclamar da necessidade de que fosse reencontrado o verdadeiro espírito e o ritmo da Revolução. O presidente Costa e Silva, que tanto insistiu na integridade da Constituição, percebeu que ela estava a caminho da auto-destruição e se curvou a esses argumentos. Com o AI-5 forte, o regime não será afetado, já que as medidas excepcionais só serão aplicadas se forem inevitáveis; e, finalmente, agora a Revolução tem em suas mãos todos os poderes para a sua realização. O dia 13 de dezembro, para os militares, passa a constituir o Ano Zero da Revolução. "Agora a coisa vai", disse um deles.

O que aconteceu depois


O Marechal Arthur da Costa e Silva governou de 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969, data em que foi afastado por motivos de saúde. Em seu mandato foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), destinado à alfabetização de adultos, e a Fundação Nacional do Índio (Funai), em substituição ao antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Logo no começo houve uma grande onda de protestos nas principais cidades do país, a maioria organizada por estudantes. Greves em Osasco (SP) e em Contagem (MG) mexeram com a economia nacional. Formou-se a Frente Ampla, uma aliança entre Jango, Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda contra o regime. O estudante secundarista Édson Luís morreu no Rio de Janeiro, por causa de um desentendimento em um restaurante, o que originou confrontos entre policiais e estudantes. O movimento estudantil, juntamente com a Igreja e setores da sociedade civil, promoveu a Passeata dos Cem Mil, a maior mobilização pública contra o regime militar.
Depois disso, o deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, convocou a população a não participar das festividades do dia 7 de setembro de 1968. Os militares quiseram puni-lo, mas foram impedidos pelo Congresso, que manteve a imunidade parlamentar a Moreira Alves. Em resposta, no dia 13 de dezembro, o presidente assinava o AI-5. Entre as medidas previstas pelo Ato estavam a pena de morte para crimes políticos, prisão perpétua, fim das imunidades parlamentares, e o Exército recebeu o direito de decretar o recesso do Congresso, das assembléias legislativas e das Câmaras Municipais. O governo poderia censurar os meios de comunicação e suspender a aplicação de habeas-corpus em caso de crimes políticos. AI-5 originou outros 12 atos institucionais, 59 atos complementares e oito emendas constitucionais. Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu um derrame. Uma junta militar impediu a posse do vice Pedro Aleixo, que seria seu sucessor natural, e assumiu a presidência. O AI-16, de 14 de outubro, informou que o cargo de presidente e vice-presidente estavam vagos e, em 25 de outubro, o general Emílio Garrastazu Médici foi eleito pelo Congresso.

(Revista Veja)


8 de junho de 2008

Dragão do Mar como nunca se viu...em seus detalhes


As cores se misturam por cores e substâncias desiguais...

Olhamos e somos olhados...o olho que agora se vê fotografado...

Mostra o que eu vejo...posso desvendar o que não se vê...

Desse anglo tuas cores se fazem presente no real da minha mente....

Nuances que os homens comuns não exergam...

Parece igual,porém sempre existirá uma diferença...

Dando continuidade a um olhar.


Fotografado por: Samara Strifezza

1 de junho de 2008

Iniciando atividades.

 
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